Pertenço a uma tribo
que por onde passa
leva axé, sorte, alegria,
luz, harmonia e graça.
Quem chorava sorri,
quem apático observava se contagia.
Por onde minha tribo passa
flore o canteiro, pássaro canta todo dia!
Levamos cores,
amores das águas de mamãe Oxum,
o equilíbrio e solidez de Xangô,
a proteção de pai Ogum.
O canto de sorte da Sereira,
a fartura de Oxóssi, a saúde de Obaluaê,
a paz de Oxalá, os bons ventos de Iansã
e a doçura do sorriso dos Erês.
Transformamos energias com Nanã. Salubá! Nanã Burúkê.
Abrem-se os caminhos
por onde minha tribo passa,
vem conosco uma falange de Pretos Velhos
que com amor nos protege e abraça.
Quem vê, sabe que somos da graça o broto
como alecrim, benjoim e alfazema no terreiro.
Caboclo, Marinheiro, Baiano, Boaideiro
e protegidos por Exus contra o mal do zombeteiro.
Por onde minha tribo passa
chove riqueza que não cabe em bolso algum.
E cada gota dessa graça
são lágrimas de orgulho do pai Olorum.